YAESU FT-212RH – Troca de lampadas por LEDs

Será descrito aqui a troca das lampadas do painel do Yaesu FT-212RH por LEDs, mas isso vale para qualquer equipamento.

Está muito difícil de se encontrar estas pequenas lampadas que nos rádios antigos iluminavam os instrumentos, os botões de troca de canais e faziam algumas indicações de chaves acionadas. Quando se encontra algumas delas, a durabilidade deixa a desejar.

Hoje com a facilidade de se encontrar os LEDs normais ou de alto brilho, basta alguns cuidados e fica uma solução duradoura.

Uma outra vantagem é que, se você quiser, pode mudar a cor da iluminação do painel do seu rádio ao seu gosto.

O primeiro passo é verificar de onde vem a alimentação para a lampada. Vem direto da alimentação da chave de ligar o rádio? Vem de uma fonte interna, mais baixa que a entrada, de dentro do circuito do rádio?

No caso do FT-212RH a alimentação vem do circuito de Dimmer

De um modo geral, para os LEDs que não se conhece a origem (não se tem dados do fabricante) pode-se arbitrar uma corrente de 10 mA, podendo subir um pouco mais se quiser mais brilho, por sua conta e risco do LED não conseguir dissipar o calor produzido e queimar.

Eu utilizei dois LEDs brancos de alto brilho retirados de um conjunto de iluminação de árvores de Natal que estava com a fiação arrebentada na sucata. Antes de colocá-los no lugar eles foram lixados para ficarem menores e tirar o foco distribuindo mais a luz.

LEDs de arvore de Natal

Diferente dos diodos normais de Si ou Ge, os LEDs tem diferenças de tensão no sentido de condução entre anodo e catodo. Pode variar de cerca de 1,8 V à mais de 3 V.

Para determinar qual a tensão do LED pode ser utilizado o circuito de um resistor de 1K2 Ohms ligado ao LED e o conjunto sendo alimentado por uma fonte de 12 V. Com um voltimetro meça a tensão em cima do LED e este valor será subtraido da tensão que alimenta a lampada para calculo do resistor final.

No meu caso a tensão deles era exatamente de 3 V e no rádio as lampadas recebiam alimentação de 8 V vindas de um circuito de controle de brilho.

Então seguindo a Lei de Ohm, eu tenho 8 V menos os 3 V do LED igual a 5 V no resistor que será utilizado.

Ora, para se ter 10 mA passando no LED eu preciso de dividir os 5 V por 10 mA e terei um resistor de 500 Ohm. Deixando mais um pouquinho de corrente, utilizei o valor comercial de 470 Ohm.

Para o cálculo da dissipação devemos multiplicar os 5 V pela corrente de 10 mA e teremos 50 mW, com isso podemos utilizar um resistor de 1/4 de Watt com folga.

O resto foi arrumação do LED no lugar de PL01 e a troca do resistor R20 de 22 Ohm para 470 Ohm.

LED, lixado, no lugar exato de LP01 com R20 (atrás da placa) trocada para 470 Ohm por 1/4 W

Foi feito um outro conjunto de resistor e LED e colocado deitado para iluminação do display, retirando a alimentação do mesmo local de LP01 por meio de fios bem finos ( não coloquei no lugar original porque o display está funcionando perfeitamente e eu achei melhor não tocar no flat cable dele). Uma pequena peça de plástico que fica entre os botões teve que ser escavada com uma lima redonda para conter o LED.

LED, lixado, colocado deitado junto a “janela” na lateral do display

Depois de fechado a frente do rádio ficou bem iluminada.

Ligado depois da colocação de LEDs

Reciclamos LEDs e resistores.

Publicado em RF

Terraço – Depósito de materiais e jardineira

Uma parte do terraço foi deixada sem a mureta porque eu pensava em fazer ali uma jardineira para enfeitar.

Como o acesso para a parte debaixo do telhado era fácil neste local, eu começei a guardar pedaços de metal, tubos de metal, tubos plásticos, antenas desmontadas, etc… e a aparencia não ficou muito legal

Veio então a idéia de fazer com embaixo da pia, uma imitação de armário. Ficaria fechado mas com acesso no momento que fosse preciso pegar algum material e seria a base para as jardineiras.

Para suportar as jardineiras, que são pesadas, foi colocado um caibro de 7,5 x 7,5 cm embaixo da peça superior que forma os “anéis” das portas. Este caibro ficou apoiado, por meio de recortes, nas quatro peças verticais.

O caibro sustenta as jardineiras.

Para evitar que a água das regagens destruissem a parte superior do suporte das portas, forrei com pedaços de acrilico encontrado na sucata.

O mesmo acrílico foi utilizado no espaço onde o telhado fica baixo e os respingos de chuva poderiam atingir a porta por dentro.

Terceira porta.

Aguardando as flores..

As medidas são em função do seu local e de sua imaginação.

Terraço – Armário da pia e de materiais diversos

Foi colocada uma pequena pia no terraço para facilitar as atividades.

Pia com 1m de largura

Na parte superior foi feito um armário em compensado de 15 mm aproveitado de armários descartados. As portas foram feitas de MDF de 15 mm e os puxadores são alças retiradas de antigos equipamentos eletrônicos de padrão rack 19 polegadas.

Ficou legal.

Na parte debaixo eu fiz somente um anel em MDF de 100 mm por 15 mm em volta de todo o vão com a finalidade de colocar as dobradiças e apoiar as portas, para que quem olhar veja um armário de MDF, mas é fake. Na parte interna tem somente uma prateleira presa com buchas nas paredes laterais.

Essa idéia vale para que qualquer vão existente em um local e que destoa do ambiente ou se queira dar uma utilidade, que possa ser escondido parecendo um armário. No próximo armário vai ficar mais fácil ver como isto é feito.

Ao lado da pia ficou um espaço para ser ocupado por um grande armário que sei lá quando seria feito pois a construção do terraço provocou uma grande queda de QSJ ($$$).

No início era um amontoado de caixas e uma estante à direita.

Com o passar dos anos, consegui um gaveteiro de ferro de uma loja que o ia jogar fora e depois prateleiras, pedaços de montantes e parafusos de uma estante de ferro que foi cortada porque era mais alta do que o lugar para onde ia ser remontada.

Na lateral direita, como havia uma coluna, as prateleiras foram diminuídas para otimizar o armário.

Os pedaços dos montantes foram montados juntos e desencontrados, onde seriam colocadas prateleiras dos dois lados, para dar chegar na altura que eu precisava. Usando parafusos de modo generoso, os perfis montados ficaram bem firmes.

Está virado em 90º para ver melhor as emendas desencontradas.

Nos perfis que só teriam prateleiras de um lado, a emenda foi feita com chapa de alumínio de 1,5 mm por 25 cm dobradas em L e com furação no espaçamento padrão.

Está virada em 90º para melhor visualizar as duas peças de emenda em alumínio.

Como a região que moro tem muita poeira no ar, cada vez que ia procurar algo em uma caixa havia muita sujeira.

Resolvi que era hora de colocar portas e transformar isto em um armário fechado. Como ia colocar portas em MDF e utilizar dobradiça de caneco ou copo, havia a necessidade de ter uma borda de no mínimo 7 cm.

Como o gaveteiro era mais profundo do que a estante, esta medida foi somada a profundidade do gaveteiro e deste total foi retirada a medida da estante gerando aí a medida da borda na frente da estante.

Após medidas e calculos, ficou acertado que seria um anel para as gavetas, um anel para a parte de cima do gaveteiro, um anel para a parte debaixo da estante e um anel para a parte superior da estante.

Anel da parte debaixo da estante.

Para prender os anéis nas ferragens, foram utilizados pedaços de chapa e cantoneiras de alumínio presos de um lado na borda e do outro na ferragem. Depois de fazer e fixar todas as bordas, foram feitas as portas.

As portas do lado direito foram feitas com restos de um duplex de cerejeira descartado.

Seguem imagens com detalhes da fixação dos anéis e das dobradiças.

Dobradiça no anel mais estreito e fixação com chapa.
Dobradiça no anel mais largo.
Imagem virada em 90º para ver o detalhe da fixação do anel com cantoneira.

Nesta foto aparece o armário com todas as portas colocadas.

Armário depois de pronto.

Bom depois de pronto, tenho a dizer que o unico dinheiro gasto foi para a compra do MDF das portas e laterais e as dobradiças. Todo o resto foi com reciclagem de materiais.

As medidas são em função do seu local e de sua imaginação.

Terraço – Escada e proteção superior

Para utilização do terraço feito em nossa casa foi feita uma escada com largura mínima confortável, sem a mureta lateral em virtude da área de serviço ser muito estreita.

Como solução para ficar segura e evitar quedas, fiz uma estrutura em madeira para fechar e ter um corrimão que ajuda na hora de subir e descer.

Como foi colocada por volta de 2009 não tenho mais o desenho “rabiscado na perna”. As peças verticais já foram compradas em um fornecedor que me entregou com 14 cm por 2 cm e as laterais arredondadas na tupia e a altura final do corrimão ficou em 90 cm.

Para o corrimão foi feito um “sanduíche” em forma de “U” com duas chapas externas de 8 cm por 1,5 cm e na parte do miolo de 2 cm por 5 cm sendo retirado 3 cm na direção de cada peça vertical de modo que ela ficasse encaixada e presa.

Com a tupia foi feito o arrendondamento de todas as quinas do “U” para suavizar o contato com as mãos.

Detalhe do encaixe no “U”.

A parte inferior das peças verticais foram fixadas nas laterais de cada degrau de concreto com buchas 10 e parafusos de cabeça sextavada bem apertados. Optei por um corte acompanhando a parte inferior da escada

Arremate inferior.

A proteção do terraço foi efetuada seguindo o mesmo desenho do corrimão da escada, isto é as peças verticais com 14 cm de largura e 2 cm de espessura, ficando a altura final em 90 cm.

Na parte superior foi feito o mesmo “sanduiche” do corrimão e para a parte inferior utilizei uma peça reta de 8 cm por 2,5 cm, fazendo com uma tupia portátil rasgos que receberam as peças verticais com as pontas rebaixadas de modo a encaixar com cola para ficar bem firme.

A ponta junto a parede recebeu uma cantoneira de ferro prendendo o corrimão na parede e ficando bem firme.

As quinas da parte superior foram cortadas em 45º coladas e colocados parafusos longos cruzados para maior rigidez.

Depois de pronto recebeu camadas de verniz naval para maior proteção.

Outras medidas são em função do seu local e de sua imaginação.

Bancada para trabalhos manuais.

Esta bancada foi feita de improviso, foto 01, com uma sobra de chapa de compensado de 20 mm com 36 cm x 1 m e montantes de 4 x 4 cm, ficando com 88 cm de altura. Para ficar mais firme reforcei com barras rosqueadas. Com dois pedaços de montante fiz um torno para madeira na lateral e com restos de um armário fiz um pequeno baú para guardar coisas de pouco uso.

Foto 01

Antes do terraço existir, como a área de serviço era pequena com tanque, máquina de lavar e secador de roupas, após os trabalhos eu precisava coloca-la em um canto para não atrapalhar (a bancada foi feita por volta de 2002).

Fixei duas rodas, numa uma placa que é móvel, em uma lateral da mesa com dobradiças (na foto 02, a direita embaixo). Com a placa solta, a bancada está solida com as quatro “pernas” no chão e quando precisa mover, bastava levantar um pouco a lateral que tem as rodinhas, encostar a placa nas duas “pernas” e colocar o travessão para prender.

No outro lado da mesa (na foto 02, a esquerda e acima do meio da “perna) tem duas pequenas alças de ferro em cada lado das outras duas “pernas” que permitem levantar e andar com a mesa como se fosse um carrinho de mão.

No final de 2018 descobri que o tampo estava com cupim e então começei uma reforma geral.

Retirei a placa do tampo e verifiquei que o resto da madeira não havia sido atacado. Retirei também o baú e deixei somente a estrutura básica da mesa. Por via das dúvidas apliquei varias vezes um anti cupim e deixei secar.

Foto 02

Com a idéia de sempre é reciclar, utilizei madeira de pallets que havia recolhido na empresa que trabalhava e que eram descartados como lixo. Eram de equipamentos importados pela empresa e os pallets depois não tinham mais utilidade.

Pallets desmontados e prontos para reutilização.

O novo tampo foi feito com um sanduíche de madeira ficando com a espessura final de 3,8 cm, o que tornou o tampo mais rígido na hora de martelar em alguma coisa em cima dele. Devido a nova espessura tive que reduzir em cada lado da parte superior (onde está apoiado o pedaço de cabo na figura 02) cerca de 18 mm para manter o torno da lateral faceando com o tampo.

Tampo quase pronto

O novo tampo ficou com 38 cm x 107 cm criando borda on agora fica melhor para segurar alguma peça utilizando grampos ou sargentos.

Coloquei portas que tem como puxador para abrir um furo. Ao final foi aplicado uma camada de verniz incolor para proteção.

Bancada pronta em fevereiro de 2020

Assim eu fiz com o material disponível no momento e que facilita bastante o trabalho.

As medidas são em função do seu local e do material que você dispõe.

Relógio digital voltando ao uso

Depois que entregamos o equipamento de canais de TV da operadora e ficamos somente com o modem para internet banda larga, começamos a sentir falta de um relógio pois por habito era só passar na sala e ver a hora.

Lembrei que estava garimpando em uma loja de usados, partes e pedaços de equipamentos quando encontrei este display fixado à uma placa com componentes de um relógio digital e os fios cortados. Como o preço foi bom pensei que valia o risco de estar ok e trouxe para casa. Ficou guardado e agora apareceu um uso.

Procurei informações na internet pelo código do CI, o TMS1944NL2 e não achei nada relevante. É um CI da Texas de uma série dos anos 80, quando explodiu o uso de radio-relógios digitais com LED pois todo queria ter um na cabeçeira da cama. Pela data do capacitor, era um dos primeiros.

No lado esquerdo do capacitor temos 04 85 isto quer dizer que o capacitor foi produzido na quarta semana de 1985.

Durante as buscas apareceu uma referencia a CCE. Continuei buscando até que encontrei num site de esquemas o PDF do CCE modelo DLE-300, um projeto de 1883.

Parte do esquema que está no bloco.

Com o esquema descobri como ligar e a tensão de alimentação. Liguei um trafo de 6+6 Volts e ele funcionou. Acertei a hora deixando ligado até o dia seguinte e confirmei que estava ok.

Como ele estava ok, comecei a separar material para a montagem. Como o trafo que testei era grande e o consumo medido do circuito era algo em torno de 100 mA, comprei o menor 6+6 que encontrei para 150 mA.

A caixa estava guardada desde 1975/1980 sem uso. Era anunciada na revista Nova Eletrônica e eu devo ter comprado por que era novidade por ser modular e não usei. Alguns pedaços de acrílico, plástico e policarbonato.

Material antes de cortar para fazer a base do módulo dentro da caixa e a frente transparente e o fundo para fixar o botões de ajuste de hora e minuto.

Os botões foram gentilmente cedidos por uma frente de sei lá qual equipamento mas que tinha os botões na medida certa. Esta placa estava largada no meio da sucata.

Cortado com uma serra, ficando pronto para fixar na tampa do fundo.

Com o material plástico cortado e polido foi o momento de efetuar a montagem.

A frente (esquerda, embaixo) ficou escura e foi trocada por policarbonato transparente (os LEDs da decada de 80 não tinham muito rendimento por isso o pouco brilho)

Após a montagem foi ligado e colocado na sala, abaixo da TV.

Relógio fabricado em 1985 e TV em 2019 juntos e funcionando mas tecnologias separadas por 34 anos.

Essa é a idéia da Eletrônica em pedaços. Um pedaço de um rádio-relógio voltou a ser útil.

As medidas são em função da caixa que você tenha e de sua imaginação.